Plantas
Olhos postos na terra, tu virás
no ritmo da própria primavera,
e como as flores e os animais
abrirás nas mãos de quem te espera.
Eugénio de Andrade
- Fazer Da Palavra Morada De Silêncio
Sou fiel ao ardor, amo esta espécie de verão que de longe me vem morrer às mãos, e juro que ao fazer da palavra morada do silêncio não há outra razão. Eugénio de Andrade...
- Ao Passar O Vento
Sê paciente; espera que a palavra amadureça e se desprenda como um fruto ao passar o vento que a mereça. Eugénio de Andrade...
- à Janela Dos Dias
Choras, e nem eu posso mais do que lágrimas, coisas frias, sobre as tuas mãos abandonadas à janela dos dias. Alta tristeza de cabelos de água, é no meu rosto que se demora - meu coração escreve na noite como quem chora. Eugénio de Andrade...
- E De Súbito...
SEM TI E de súbito desaba o silêncio. É um silêncio sem ti, sem álamos, sem luas. Só nas minhas mãos ouço a música das tuas....
- Todas As Rosas Dos Jardins
Sorrio. Dentro da rosa que me deste, encontrei este poema: "Hoje roubei todas as rosas dos jardins e cheguei ao pé de ti de mãos vazias." Eugénio de Andrade, Poema para o meu amor doente (in As mãos e os frutos, 1948)...
Plantas
abrirás nas mãos de quem te espera
Olhos postos na terra, tu virásno ritmo da própria primavera,
e como as flores e os animais
abrirás nas mãos de quem te espera.
Eugénio de Andrade
- Fazer Da Palavra Morada De Silêncio
Sou fiel ao ardor, amo esta espécie de verão que de longe me vem morrer às mãos, e juro que ao fazer da palavra morada do silêncio não há outra razão. Eugénio de Andrade...
- Ao Passar O Vento
Sê paciente; espera que a palavra amadureça e se desprenda como um fruto ao passar o vento que a mereça. Eugénio de Andrade...
- à Janela Dos Dias
Choras, e nem eu posso mais do que lágrimas, coisas frias, sobre as tuas mãos abandonadas à janela dos dias. Alta tristeza de cabelos de água, é no meu rosto que se demora - meu coração escreve na noite como quem chora. Eugénio de Andrade...
- E De Súbito...
SEM TI E de súbito desaba o silêncio. É um silêncio sem ti, sem álamos, sem luas. Só nas minhas mãos ouço a música das tuas....
- Todas As Rosas Dos Jardins
Sorrio. Dentro da rosa que me deste, encontrei este poema: "Hoje roubei todas as rosas dos jardins e cheguei ao pé de ti de mãos vazias." Eugénio de Andrade, Poema para o meu amor doente (in As mãos e os frutos, 1948)...