Controle Biológico do Pulgão
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Controle Biológico do Pulgão





Pequenas, coloridas e muito admiradas por sua beleza, as joaninhas em muitas culturas são símbolos de boa sorte e fartura, mas no jardim se tornaram uma alternativa eficaz e ecológica para se combater o pulgão. Esses simpáticos insetos pertencem à ordem Coleóptera, assim como os besouros, e à família Coccinellidae, para a qual já foram descritas mais de 5.000 espécies.
Os insetos da ordem Coleóptera possuem dois pares de asas. Um par é fino e membranoso e encontra-se sob o outro par de asas, chamadas de élitros, que são duras e resistentes. Os élitros da maioria das espécies de joaninhas possuem cores vibrantes, como amarelo, laranja e vermelho, com pequenos pontos pretos. Porém, algumas apresentam uma coloração escura e uniforme.
Medem entre 0,3 mm e 10 mm de comprimento e possuem um par de antenas com função sensorial que entre tantas funções são utilizadas principalmente na procura de alimentos, localização espacial e procura por parceiros reprodutivos.
As joaninhas são predadas por insetos maiores, anfíbios e algumas espécies de pássaros e fazem uso de sua coloração vibrante para afugentar os predadores ou deitando-se com o abdômen para cima e fazendo liberação de odor desagradável, fingindo-se de morta, esquivando-se da atenção de seus predadores.
As joaninhas se alimentam de pequenos insetos, ácaros, pólen e néctar. Apenas duas espécies se alimentam de tecidos vegetais.
Os pulgões (afídeos) são insetos pertencentes à ordem Hemyptera e parasitam diversas espécies vegetais, perfurando os tecidos vegetais com seu aparelho bucal do tipo sugador, alcançando os vasos condutores sugando a seiva. São considerados pragas agrícolas e podem causar sérios prejuízos às plantações, no jardim atacam flores e plantas causando prejuízos e até a morte das espécies.
As joaninhas são predadoras vorazes naturais de pulgões, alimentando-se tanto da forma adulta quanto da larva. Uma única joaninha pode comer mais de 50 pulgões por dia, evitando o uso de inseticidas químicos, que podem ser tóxicos para o ambiente e para o homem.




Atenção: O uso das joaninhas deve ser realizada com cautela uma vez que, caso seja introduzida uma espécie exótica, ou seja, que não ocorre naturalmente no local, corre-se o risco de provocar um desequilíbrio ecológico. O resultado pode ser desastroso, ocasionando o desaparecimento das espécies de joaninha nativas e também levando à desequilíbrios na cadeia alimentar do ecossistema.




Curiosidade: Um caso famoso ocorreu nos Estados Unidos, quando uma espécie asiática foi introduzida em plantações para controlar os pulgões e, por falta de predadores, acabou por se reproduzir descontroladamente, transformando-se numa praga doméstica que infesta casas e jardins.




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