De novo, a "época da estupidez"
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De novo, a "época da estupidez"


Se a cada Verão que começa temo pelas árvores que morrerão queimadas, a cada Inverno temo pelas que cairão às mãos de podas incompetentes.

Chamo "época da estupidez" a esta fase do ano em que assistimos à mutilação de árvores que levaram dezenas de anos a crescer, às mãos de pessoas sem a mínima credencial técnica para este tipo de intervenção.

Fui informado, há alguns dias, da abertura de um concurso público para a poda de árvores ornamentais no concelho da Covilhã.

Como é evidente, temo o pior! E porquê? Porque suponho que o factor decisivo, no referido concurso, volte a ser o "factor preço".
Foi desta forma que o anterior concurso público, neste concelho, foi ganho por uma empresa local do sector das obras públicas! O resultado desastroso ficou à vista de todos...

Receio, pelos motivos expostos, que o mesmo se volte a repetir e que a poda de dezenas de árvores volte a ficar nas mãos de pessoas que nada percebem de arboricultura e de manutenção de árvores ornamentais.

O "factor preço" apenas pode ser levado em linha de consideração quando se comparam as propostas de duas ou mais empresas de igual grau de competência técnica. Ou será que, por hipótese, se uma empresa de arboricultura concorresse à construção de uma estrada ganharia o respectivo concurso público, caso apresentasse a proposta mais barata?

Deste modo, onde aparentemente existem boas medidas de poupança dos dinheiros públicos por parte das câmaras municipais, existem decisões danosas a médio e longo prazo.
Estas árvores, podadas de forma radical e incorrecta, irão ter uma longevidade menor e, desta forma, terão que ser substituídas por novos exemplares pagos, como é evidente, com o dinheiro de todos nós.
Acresce que as árvores podadas de forma desajustada, devido a ficarem mais fragilizadas e sujeitas a doenças, podem cair com maior facilidade sobre a via pública podendo, deste modo, dar origem a graves acidentes.

A cada novo Inverno, assistimos como o dinheiro dos contribuintes portugueses é colocado ao serviço da destruição do património arbóreo dos diversos municípios.

Mas a destruição das árvores na Covilhã já começou como atestam as duas imagens que se seguem, captadas no recinto do monumento a Nossa Senhora da Conceição.

À entrada do dito espaço pede-se "respeito". E ele, de facto, parece existir: não se observa lixo de espécie alguma e, aparentemente, qualquer acto de destruição. Puro engano... As árvores são a única coisa que não é digna desse mesmo tratamento de respeito.
Efectivamente, a única excepção, o único acto de vandalismo cometido em todo o recinto foi para com algumas tílias.

Desconheço qual o "pecado" que as condenou ao presente martírio! Não serão as árvores filhas de Deus?






Termino com a imagem de outras tílias existentes no mesmo recinto e que não sofreram a mesma humilhação. Para que se tenha um termo de comparação da asneira cometida por quem, de árvores e de amor, nada percebe!





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