Esclarecimento público
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Esclarecimento público


O jornal "Diário XXI", traz na sua edição de hoje, uma notícia na qual aparece o meu nome e o blogue pelo qual sou responsável; abaixo copio a parte da notícia em que apareço referenciado, seguido de um esclarecimento à mesma, da minha autoria.


"Leopoldo Santos, administrador da empresa municipal Águas da Covilhã (ADC), responsável pela conservação dos espaços verdes públicos no município serrano, esclarece ao Diário XXI que “todas as podas são da responsabilidade de técnicos especializados”.
A ADC realiza concursos específicos, sendo que, “habitualmente, são as podas levadas a cabo por uma empresa especializada na manutenção de espaços verdes do Porto, a «Planeta das Árvores»”, refere. Leopoldo Santos reitera que a ADC “não decepa árvores”.
De acordo com o administrador, “não existe qualquer reclamação na ADC respeitante a podas”, recordando que as intervenções na cidade não têm “qualquer problema”.
Outros casos semelhantes costumam aparecer denunciados na Internet, nomeadamente em blogues como “A Sombra Verde” (sombra-verde.blogspot.com). O Diário XXI tentou ouvir o autor do blogue, Pedro Santos, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição."

1º) Eu não estou em guerra com a Câmara Municipal da Covilhã, com qualquer das suas juntas de freguesia ou com a empresa municipal "Águas da Covilhã"; estou em permanente luta contra todos os que, por esse país fora, exercem podas que irremediavelmente desfiguram e destroem o património arbóreo público.
Se dou mais atenção às questões que se passam na Covilhã, é apenas porque é a minha cidade e o que se passa na nossa casa tem outro valor e importância.

Mantenho todas as vírgulas do que tenho escrito sobre as podas que são feitas na Covilhã, sejam elas executadas por entidades públicas ou empresas privadas.
A este propósito, gostava que fossem tornadas públicas quais as árvores que foram tratadas pela empresa "Planeta das Árvores" e o que esta empresa tem a dizer sobre essas pretensas acções de conservação.

Sobre a qualidade das podas que são executadas, deixo apenas os exemplos (ver fotografias 1 e 2) das intervenções em árvores situadas no Parque Industrial do Canhoso (fotografia 1) e na estrada municipal Covilhã-Tortosendo (fotografia 2).

Sobre os efeitos que estas podas têm, a curto e médio prazo, na saúde das árvores (e logo na segurança de pessoas e bens) deixo as fotografias (3 e 4), que mostram o ar decrépito e os troncos apodrecidos de árvores que sofreram este tipo de tratamento (exemplos como estes não faltam na cidade e basta fazer uma breve pesquisa neste blogue).


Fotografia 1


Fotografia 2



Fotografia 3



Fotografia 4


2º) O que aqui tenho escrito sobre este tipo de podas não é apenas a opinião do Pedro Santos (professor de Ciências, com muito orgulho), é a opinião de vários técnicos especialistas na matéria, com anos dedicados ao estudo destas questões, a menos que se considere que pessoas como o arquitecto Gonçalo Ribeiro-Telles ou o Professor Dr. Jorge Paiva, não têm competência científica para se pronunciar sobre a matéria (?!).


3º) Não considero que tudo esteja errado ao nível da gestão dos espaços verdes na Covilhã e já aqui elogiei, por exemplo, as intervenções feitas ao nível do programa Polis (Jardim do Lago, Jardim Público, Jardim da Ponte Mártir-in-Colo, etc.) e no uso de água não tratada para regar os jardins da cidade.

4º) O Diário XXI refere na notícia que me tentou contactar; ontem tinha apenas uma única chamada não atendida no meu telemóvel (às 15 h 07 min.), sem mensagem; não recebi também qualquer mensagem de correio electrónico.

Obrigado.

P.s. - Finalmente, pela mesma notícia do Diário XXI, ficámos a saber a autoria da poda dos plátanos da estrada Covilhã-Tortosendo: a Junta da Freguesia de São Martinho (ver fotografia 2 deste texto e ainda aqui).

O seu presidente, Víctor Tomás Ferreira, afirma ao jornal que "o trabalho está bem feito" e que é "sensível às questões do ambiente". Ainda bem senhor presidente, não quero sequer imaginar o que faria caso não fosse sensível ao ambiente.

Em relação às 21 árvores que afirma ir plantar hoje no Bairro Padre Américo digo-lhe, olhos nos olhos, que sé é para as sujeitar daqui a uns anos a um trabalho bem feito mais valia não as plantar; até porque, como o senhor afirma, as árvores crescem muito e incomodam as pessoas.




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