Quando tinha três anos, desenhei duas aranhas, uma delas com cabeça. Vivia numa grande casa velha, numa aldeia que tinha um pequeno rio, com peixes para apanhar. O mundo era enorme e os meus olhos também.
Sempre gostei de cantar. Aprendi com a minha mãe. Também foi com ela que aprendi a rir, a gostar de ajudar quem precisa e a emocionar-me. O mundo era enorme e os meus olhos também.
Aos sete, lembro-me de perguntar: "Quantos Anos tens, Mãe?" Vinte e nove! "TANTOS?!?"
Depois cantei muito, tive medo de aranhas, ri pelo prazer de rir, sonhava pelo prazer de sonhar. Também pensei que era eterno, o mundo continuava enorme e os meus olhos, muito abertos, queriam descobrir mais porque existiam outras verdades e eu conseguia reinventar o que aprendia.
Tenho atravessado alguns desertos e encontrado alguns oásis. Tudo continua grande, o mundo e os meus olhos também, mas agora cabe tudo na minha ou na vossa palma da mão.
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