O não arquiteto
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O não arquiteto


Lisboa - Ribeira das Naus; Fonte da imagem: Cidadania LX

Gosto muito de árvores mas, apesar deste amor declarado, considero-me uma pessoa razoável. Admito o abate de uma árvore quando, por exemplo, de forma comprovada, esta representa um perigo devido ao perigo de colapsar.

Precisamente porque me considero uma pessoa razoável, não consigo compreender, nem aceitar, a destruição pela destruição. Sobretudo quando esta destruição serve apenas para consolar o ego de algumas pessoas. Faço-me entender no parágrafo seguinte...

Quando um arquiteto é incumbido de requalificar um edifício, sobretudo quando este tem valor arquitetónico, o seu primeiro objetivo deverá ser tentar preservar a estrutura existente, redesenhando-a sem perder de vista a identidade do edifício e do local em que este se insere. Da mesma forma, quando um arquiteto paisagista desenha um jardim deve partir do que lá existe, sobretudo quando o que lá existe são árvores com dezenas de anos, que têm valor enquanto seres vivos e enquanto paisagem que define o local e aqueles que o frequentam e se identificam com o mesmo. Isto é do mais elementar...Mas, pelos vistos, para alguns egos não é!

Um arquiteto paisagista que assina um projeto de requalificação de um espaço verde, condenando à morte dezenas de árvores saudáveis é alguém que não compreende o valor da árvore.  Mesmo que a seguir, o que apenas reforça a sua ignorância, mande plantar o dobro das que mandou cortar.

Poderá até ter a licenciatura, tirada na melhor das universidades, com o maior dos louvores, mas, na prática, uma pessoa que destrói a paisagem não pode ser um arquiteto paisagista. Será, quando muito, um destruidor da alegria!





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