Segundo disse à Lusa o presidente da autarquia, o socialista António Magalhães, "todos autarcas que, sem autorização escrita dos técnicos da câmara, cortem ou podem árvores em locais públicos, serão alvo de um processo de contra-ordenação por parte da Policia Municipal".
Daniel Rodrigues, o presidente da Junta de Ronfe, foi o primeiro autarca a ter que responder judicialmente por ter mandado cortar diversas árvores junto ao cemitério local.
Os autarcas das freguesias de Gondar e Vermil, segundo António Magalhães, são os próximos.
"As raízes das árvores estavam a destruir o passeio e a colocar em risco a segurança do muro do cemitério que ameaçava ruir", sustentou Daniel Rodrigues contactado pela Lusa.
No entanto, nenhum argumento parece convencer o presidente da câmara vimaranense que, para os próximos quinze dias, tem já marcadas acções de sensibilização ambientais para os autarcas das 69 freguesias que compõe o município.
"Em tempo de eleições, os presidentes das juntas sofrem mais pressões por parte dos moradores, alegando que as folhas das árvores estão a sujar as casas ou as ruas, que podem provocar incêndios ou que as raízes estão a destruir os passeios", reconhece, todavia, António Magalhães.
"A mensagem que estamos a passar aos autarcas é que os votos não valem nada quando comparados com o respeito pelo meio ambiente", salientou.
Dentro do seu próprio partido, António Magalhães já informou os actuais autarcas socialistas que, se algum trocar "árvores por votos, deixará automaticamente de ser candidato pelo PS a qualquer junta de freguesia".
Esta é também uma forma de responder, disse, às críticas locais de que as contra-ordenações são apenas dirigidas a autarcas não socialistas.
As autarquias de Ronfe e Vermil têm executivos liderados pelo PSD.
A junta de Gondar é gerida pela CDU.
"Vejo os autarcas preocupados com muros e passeios. Um muro volta a fazer-se mas uma árvore demora dezenas de anos a crescer", acrescentou António Magalhães.
As contra-ordenações vão agora seguir os trâmites normais.
"Cortar árvores é crime perante a lei, portanto os autarcas que o fizeram terão a punição que o tribunal indicar", defendeu o presidente da Câmara de Guimarães.
Notícia da Lusa, retirada da página da RTP
P.S. - Para que se compreenda melhor a "origem" da questão, aconselhava a leitura do texto (incluindo o comentário deixado por um leitor): Prepotência e bom senso.