Plantas
A técnica dos 20 minutos
As festas de fim de ano e as arrumações de ano novo me fizeram deixar um pouco (muito) de lado a manutenção da horta, daí... A chuvarada acordou o imenso banco de sementes de mato adormecidas na terra e tudo cresceu num ritmo insano, muito mais rápido do que tudo que eu tinha plantado. Depois de quase um mês sem frequentar meus canteiros, o mato chegou a ficar mais alto do que eu.
Nos primeiros dias fiquei triste, triste. Tanto tempo e trabalho empenhados, a horta estava ficando linda, mas foi só dar uma viajadinha pra perder praticamente tudo no meio do matagal.
Depois passei por uma fase de me convencer de que não dou conta de tudo e de que seria melhor dar um tempo da horta. Estou numa época de muito trabalho, de encerramento de assuntos pendentes há anos, encarando novos projetos e desafios, e não dá pra querer abraçar o mundo. Repeti diversas vezes para mim mesma que tem horas que a gente precisa se despir da roupa de mulher maravilha porque ninguém aguenta fazer milagre o tempo todo, então o melhor a fazer seria mesmo dar um tempo da horta.
E dei. Três dias.
No quarto dia não aguentei olhar todo aquele mato crescendo em terra boa, úmida, cheia de minhocas, prontinha pra produzir. Tratei de vestir outra vez meu corpete vermelho e dourado, o short azul com estrelinhas e defini como seria realizada a missão: arrancar mato todos os dias durante 20 minutos, marcados no alarme do celular. E comecei.
Estava inventada a melhor técnica do mundo para lidar com desafios impossíveis. Porque quando se olha tudo aquilo por fazer e mais o monte de coisas a resolver todos os dias, parece uma viagem
non stop de bicicleta daqui ao outro lado do mundo, mas quando você se promete pedalar com empenho e também fazer paradinhas pra descansar e admirar a paisagem, daí, quem sabe?
Tenho trabalhado como quem medita. Nessa hora o mundo pára e não importa quanto eu já fiz nem quanto ainda há por fazer. São vinte minutos inteiros de foco e concentração. Nessa toada já limpei mais da metade dos canteiros em dez dias. A foto do início do post mostra em que ponto estou. E no meio do "desmatamento" às vezes aparecem surpresas:
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Os tagetes sobreviveram e floresceram |
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Os sapos aproveitaram minhas férias para por ovos |
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O gervão está enorme e mais bonito do que nunca |
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A pimenta biquinho caregou |
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E o quiabo floresceu e está produzindo! |
Não adianta, eu não aguento ficar sem horta. Nos meus sonhos ela é linda, organizada, limpinha e produz a pleno vapor, mas na minha vida real ela é como tem dado pra ser. Tem horas em que está mais bonita, em outras parece meio abandonada, mas vai indo conforme eu consigo cuidar. Paciência. O mais importante é que, além de produzir refeições, tenho realizado belos exercícios de disciplina. E assim vamos indo.
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