Plantas
Ginkgos na cidade
Exemplares de Ginkgo biloba L. - Rossio da Ponte do Rato (Covilhã)
Os exemplares da figura são os únicos representantes da espécie Ginkgo biloba L. que conheço na Covilhã; foram plantados no espaço recentemente objecto de remodelação junto à antiga ponte do Rato (obras da responsabilidade do Programa Polis).
O Gingko biloba é hoje a única espécie conhecida duma família (Ginkgoaceae) que apareceu há cerca de 250 milhões de anos e que terá tido o seu apogeu há 100 milhões de anos.
Esta espécie é considerada a mais antiga existente na Terra devido ao facto de fazer parte do coberto vegetal do planeta desde há aproximadamente 200 milhões de anos, sendo por vezes designada como "fóssil vivo".
Folhas de Ginkgo biloba L. - Rossio da Ponte do Rato (Covilhã)
Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que esta espécie se teria extinto no seu habitat natural e que apenas teria sobrevivido até aos dias de hoje devido à acção humana, nomeadamente dos monges budistas do Japão e da China. Tal suposição tinha como base o facto do Gingko biloba ser considerada uma árvore sagrada pelos budistas, o que levou a que tivesse sido plantada e protegida nos seus templos desde tempos imemoriais.
Com o passar dos séculos, a espécie começou a ser plantada em jardins dos vários continentes, o que teria assegurado em definitivo a continuidade da mesma.
Sem por em causa as suposições anteriores, a verdade é que em 1916 o explorador norte-americano F. Meyer afirmou ter observado exemplares de Gingko no vale do rio Yangtze (no Leste da China). Na altura ninguém deu crédito a estas observações. Mais recentemente, alguns botânicos chineses parecem ter encontrado provas de que esta espécie ainda sobrevive no seu habitat natural, dando assim razão às observações de F. Meyer.
As propriedades medicinais das sementes e das folhas do Gingko são conhecidas na China há milénios. No Ocidente, em anos recentes, o Gingko tornou-se popular por ajudar a melhorar a performance mental, mais precisamente pela capacidade para estimular a memória.
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