Plantas Trangênicas
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Plantas Trangênicas


Plantas trangênicas ou organismos geneticamente modificados (OGM) apresentam um ou mais genes de interesse introduzidos por meio de técnicas de transformação genética. Esses genes ou DNA exógenos são inicialmente identificados, purificados e inseridos, nas células receptoras, por meio de biobalística (bombardeio com microparticulas aceleradas a velocidade supersônicas) ou por meio de microorganismos como, por exemplo, Agrobacterium tumefacins. Na multiplicação natural das plantas, a polonização das flores acontece de diferentes modos: pelo ar, insetos ou morcegos, dependendo das características da espécie. Já no caso da produção de plantas trangênicas, essa "troca genética" é feita pelo pesquisador, para obter uma planta com as características desejadas. Após a introdução do gene, em laboratório, é necessário avaliar se a planta está expressando a característica selecionada, se ela é estável e se está sendo transmitida à progênie. Somente depois os testes são realizados em estufas e no campo. As características de primeira geração conferem vantagens agronômicas simples, ou seja, dependentes de um único ou de alguns poucos genes, visando à tolerância a herbicidas, ao frio, ao calor ou à seca; resistência a insetos e doenças, o que permite manejo mais flexível, menor trabalho e mais produtividade; além de benefícios econômicos e ambientais, pelo decréscimo no uso de agroquímicos. As de segunda geração são mais evidentes para os consumidores, ou seja, incluem informações capazes de conferir a melhoria na qualidade de produtos, por exemplo, alimentos enriquecidos com altos níveis de B-caroteno, ácido oleico ou fibras têxteis mais longas e resistentes. As primeiras experiências em campo foram feitas nos EUA e na França, em 1986. Nos dez anos seguintes, 56 diferentes culturas foram testadas em 34 países, com cerca de 3.500 experimentos em mais de 15 mil áreas. As culturas mais estudadas foram as de milho, soja, tomate, batata, algodão e canola. As características inseridas são principalmente tolerância a herbicidas, resistência a vírus e a insetos e qualidade do produto. O primeiro país a comercializar plantas trangênicas foi a China, que colocou no mercado, em 1994, variedades de tabaco e de tomateiro, resistentes a vìrus. No mesmo ano, uma empresa americana lançou um tomateiro que retardava o amadurecimento dos frutos, mantendo-os turgidos por mais tempo. Com relação às plantas ornamentais, as pesquisas em laboratório ganharam impulso na década de 90, período em que mais de 30 espécies foram transformadas, entre elas, antúrio, begônia, cravo, crisântemo, ciclame, hemerocales, gérbera, gladíolo, iris, lírio, lisianto, orquídea, gerânio, petúnia, rosa e torênia. O primeiro sucesso obtido na história da floricultura foi a produção de diferentes cores de cravos. Pesquisadores também desenvolveram plantas no formato "mini" com destaque para o mini antúrio, sendo este segmento de plantas mini muito apreciada pelos consumidores, criando assim um novo nicho de mercado e o que dizer das orquídeas então, a cada dia surgem novas qualidades, com tamanho e cores únicas. Outros aspectos que estão sendo estudados referem-se à produção de fragâncias, mudanças na arquitetura das plantas, morfologia e disposição das flores, durabilidade de flores no campo e pós-colheita, além da resistência a doenças. A transgenia, como qualquer outra técnica, traz imortantes contribuições e envolve riscos potenciais que devem ser considerados. No processo de transferência de genes, de uma planta doadora para a receptora, genes indesejáveis podem também ser introduzidos resultando na expressão de toxinas ou produtos alergênicos importantes para a sobrevivência das plantas selvagens na natureza. Além disso, essa seleção artificial prevê uma avaliação rigorosa para evitar danos à saúde e ao meio ambiente. Assim apesar de uma grande variedade de produtos estar em testes em laboratório e no campo, o numero de espécies comerciais disponíveis ainda é relativamente pequeno. Contribuem para isso o alto custo do investimento, o longo tempo necessário para a realização de testes em campo, além da demora na obtenção de licença para comercialização desses produtos. È a ciência contribuindo para uma vida melhor, apesar da resistência de muitos.
Floricultura Multiflora Fernandopolis - twitter.com/multifloranet




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