Eu (não) sou
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Eu (não) sou


mammillaria geminispina
Mammillaria geminispina

É difícil escolher o que dizer, depois de um momento que profunda e dolorosamente nos marca. A Vida segue o seu próprio e caprichoso rumo, é certo, mas até que nos reajustemos, desejando que as feridas velozmente se transformem em cicatrizes, nada mais somos do que crianças perdidas.

Questiono-me muitas vezes, mais do que aquelas em que aqui escrevo textos de cariz "pessoal/privado", sobre a validade dos mesmos e o grau de exposição a que "nos" sujeitamos neste tipo de meio.
A multiplicidade de intervenientes neste processo é tal (tendo em conta o tipo de papel que podem desempenhar), que o "Eu-blog" passa a ser uma entidade (não colectiva, mas de algum modo) convergente, cuja existência se baseia num fluxo bidireccional de força implicitamente negociada.
Mas onde colocamos a fronteira que separa o privado do público? Terá de existir fronteira? Quem decide?

Falar de amor, de desamor, da doença de um animal de estimação, de problemas sociais, de política ou do mau serviço da TV Cabo, parece-me tão justificável quanto mostrar fotografias de gatinhos, cactinhos ou naperons...

O "blog-mundo" não é muito diferente do "mundo-real" (seja lá o que se entenda por mundo-real), é apenas mais rápido, mais "fácil" e, por vezes, mais "nocivo".
(Aqui... e não só) Todos somos personagens, que adquirem outras dimensões quando têm a possibilidade de fisicamente interagirem, através de novas experiências.

Eu não sou aquele que imaginam que eu sou (por isso que é "imaginam"... ;)) Mal de mim! Espero ser muito mais do que isso, mais para bem e mais para mal.
Conhece-se demasiado cedo o que se deveria conhecer mais tarde e demasiado tarde o que se deveria ter conhecido.. desde a primeira hora.
Esse é um dos Grandes Erros que se cometem nesta "blog-twit-qualquer-coisa-era", ou seja... "Too fast, too soon"!

(Nada, nestas linhas, se assemelha ao que eu mentalmente tenho vindo a construir... mas, com certeza, que voltarei ao assunto, dado que no meio de processos, notificações, cartas e reportes obrigatórios... é difícil concentrar-me!)




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Poder-se-á pensar de que a nossa complexidade, enquanto seres sociais, é inversamente proporcional à nossa previsibilidade: Quanto mais complexos, menos previsíveis. Mas, parece-me, não existir uma relação directa (positiva ou negativa) entre...

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