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Plantas

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Plátanos anões - Tortosendo (Covilhã)


A Cristina do blogue Praticando a Fotografia e a Jardinagem, chamou-me a atenção para o problema das podas radicais do outro lado do Atlântico - está tudo nesta notícia.

Algumas partes desta notícia são muito interessantes:

- "No início do mês um morador foi multado em R$ 800 após podar incorretamente nove árvores de uma residência (...)" Isto é, no Brasil as pessoas são multadas por efectuarem podas radicais. E por cá? Veremos algum dia as câmaras municipais e as juntas de freguesia a multarem os seus próprios serviços (ou as empresas que contratam) por estes actos de vandalismo?

- "Em recente entrevista ao O PROGRESSO, o engenheiro agrônomo da prefeitura, Laércio Arruda, alertou sobre os riscos da poda radical. "Sem árvores, a cidade fica mais quente, com baixa (h)umidade relativa do ar e exposta aos poluentes e vendavais que poderiam ser barrados", disse". E por cá? Até quando teremos que esperar para que as câmaras municipais tenham técnicos devidamente credenciados, que compreendam a importância das árvores (bem tratadas) no espaço urbano?

- O mesmo técnico da Prefeitura de Dourados reconhece que: "Nas últimas décadas, segundo ele, Dourados "abusou" das Sibipirunas, visando o conforto térmico sem levar com conta o porte destas espécies". Tal como por cá, grande parte dos problemas surge na hora em que se escolhem as espécies a plantar ou, dito por outras palavras, resultam da falta de planeamento. Caso se fizesse uma escolha criteriosa da espécie a plantar, em função do espaço que esta terá para crescer, grande parte destes problemas relacionados com as podas radicais nem se colocaria.

Plátanos anões - Tortosendo (Covilhã)


No entanto, o que para mim resulta de mais significativo após a leitura desta notícia é que nesta cidade brasileira o problema das podas radicais resulta da acção de pessoas (ou empresas) que actuam à margem da lei. E que existe um município preocupado em alterar esta situação.

O dramático é que em Portugal são as autoridades municipais, as tais que deveriam zelar pelo património público, as principais responsáveis pelos atropelos cometidos contra as árvores (e, pasme-se, muitas vezes delapidando património público para satisfazer os pedidos de alguns particulares).


Plátanos mortos (vítimas de poda inadequada) - Tortosendo (Covilhã)

Na referida notícia, estima-se que por ano esta cidade brasileira perca mais de 700 árvores devido às podas radicais.

Para os que duvidam dos efeitos nefastos destas acções sobre as árvores fica a imagem anterior; há árvores que preferem morrer com dignidade a sujeitarem-se à humilhação de uma morte lenta e anunciada. A sombra continua a incomodar muita gente...Triste povo que sofre sob a canícula!




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