A maior prova de que percebemos o quão pouco somos e de quão curta é a nossa vida, está nesta ansiedade de exteriorizar a nossa própria essência, seja através da reprodução da espécie, seja através da produção de obra intelectual que, acreditamos, temporalmente permanecerá muito para além de nós próprios. Ambas surgem instintivamente, correspondendo a uma compulsividade existencial que, quando não se realiza, se sublima através de processos que acarretam consigo grandes doses de angústia e frustração.
Nós somos apenas o rasto que pela vida vamos deixando.
- Outono
Gosto de passear pela Baixa de Lisboa, ao fim da tarde, quando chegam os dias de Outono e a temperatura já não é tão “convidativa”. Sempre tive melhor relação com o frio do que com o calor, mesmo quando as mãos me ficam roxas e as orelhas...
- Eu (não) Sou
Mammillaria geminispina É difícil escolher o que dizer, depois de um momento que profunda e dolorosamente nos marca. A Vida segue o seu próprio e caprichoso rumo, é certo, mas até que nos reajustemos, desejando que as feridas velozmente se transformem...
- Instinto
Ao longo das nossas vidas, vamos descobrindo que a palavra e a experiência "Instinto" vai ganhando novos significados e variando a sua intensidade. O instinto infantil e adolescente (e adulto, quando o adulto insiste em permanecer adolescente) é prática...
- Recomeçar Do Zero
Esta é das muitas imagens de que não me importava de ver, antes de morrer. (Acompanhamento: Vinho Verde Loureiro - Adega Cooperativa de Braga) Existem expressões que, por si só, são absolutos enigmas, expressões que se auto-denunciam, que se materializam...
- Excerto De Um Dos Diários Gráficos (2002)
10 de Novembro Existe nas palavras algo de corpóreo, que provém da sua dimensão simbólica e que nos seduz quando compreendemos a utilidade da abstracção. "Tudo" nos reenvia para a ideia de corpo, no seu sentido mais lato, e da qual nos é difícil...